Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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Tamanho não é documento



A campanha do governo para combate à epidemia de dengue, chikungunya e zika tem como alvo o mosquito transmissor da doença. Com estardalhaço, até o exército foi convocado porque o mosquito “não pode ser maior que o país”.
O problema é que, nesse caso, tamanho não é documento. Há mais de quinze anos, o Brasil vem combatendo o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. E continuamos a conviver com o fantasma da dengue nos rondando em todo  verão.
O mesmo mosquito transmite outros vírus, como o zika, associado a casos de microcefalia e à síndrome de Guillain-Barré.  A partir dessa descoberta inédita, criou-se comoção mundial, e a fúria contra o mosquito tornou-se exacerbada.
A própria presidente, literalmente, vestiu a camisa da campanha e saiu às ruas à caça do mosquito e de seus focos de criação.
Acontece que esse tipo de campanha pode até ser necessária, mas nunca será suficiente. Fosse assim, nestes mais de quinze anos teríamos tido avanços no controle dessa típica epidemia brasileira.
Se, por um lado, a quebra de braço contra o mosquito me parece luta perdida, por outro, medidas mais ousadas têm sido agora estimuladas: a busca por uma vacina, ou a interferência genética no próprio mosquito, restringindo sua reprodução. Pesquisas com esses objetios poderão ser capazes de vencer a guerra contra o mosquito, ou mesmo contra os vírus que ele carrega.
Esta epidemia de zika trouxe, como grande benefício, o investimento em pesquisas. Até então, estávamos condenados a campanhas publicitárias contra o mosquito da dengue, sem muito sucesso. Agora não — verbas são corretamente investidas em busca de soluções mais inteligentes e eficazes.
É verdade que ainda restam dúvidas quanto à associação do vírus zika com doenças neurológicas. Mas debruçar sobre a dúvida é a verdadeira vocação da ciência.
E não duvido que saia daqui do Brasil a melhor maneira de controlar essa epidemia. Isso porque o Brasil tem excelente time de cientistas e instituições dedicadas ao estudo de doenças tropicais. Mas só agora foram escalados os recursos necessários para o avanço nas pesquisas.


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