Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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Bem-vindos os Cubanos


A polêmica em torno da proposta do governo de importar médicos cubanos para o Brasil é muito bem-vinda. Afinal, estamos diante da oportunidade de discutir o modelo de saúde que queremos.

O Governo insiste que faltam médicos no país. Por outro lado, todas as entidades de classe médica, Conselhos, Sindicatos e Associações  comprovam exatamente o contrário.

Nos grandes centros, há mais médicos do que o número preconizado pela Organização Mundial de Saúde; no interior do país, a situação se inverte.

Por que os médicos brasileiros não querem ir para o interior? A resposta é a mais simples possível: porque lá não tem Medicina.

Se o  mais longínquo município brasileiro tivesse um posto de saúde bem equipado, com laboratório capaz de fazer exames simples, um aparelho de Rx e uma farmácia com medicamentos para atendimento de urgências como uma crise asmática ou hipertensiva. Este município deveria ter um técnico de enfermagem, enfermeira, técnico de Rx e farmacêutico responsável. Haveria também uma ambulância equipada para transporte de pacientes mais graves.

Se houvesse no país plano de carreira para médicos, com salários iniciais atraentes e garantidos, duvido que faltariam médicos interessados para este município que, infelizmente, é apenas imaginário.

A realidade, porém, é quase inversa. Fala-se de médico para municípios sem a mínima infraestrutura de saúde. Alardeia-se que os salários são altos, porém tão logo o médico se instala, os salários começam a atrasar, e os contratos são rompidos.

Hoje a população destes municípios reais morre por falta de atendimento integral à saúde, não por simples falta de médico.

Penso que médicos importados de Cuba ou de qualquer outra área, praticará uma medicina de segunda classe para cidadãos assim também considerados.

Pior ainda – o embate do Governo contra as entidades de classe dos médicos brasileiros não se resume à importação de médicos. O  Governo quer importá-los sem a necessária e indispensável revalidação do diploma. 

Ainda que a realidade dos pequenos municípios brasileiros fosse aquela imaginada e não a real e faltassem os médicos brasileiros, importar médicos de qualquer nacionalidade sem o devido preparo seria um crime.

Pois a questão central do problema é justamente a qualificação, e não a nacionalidade. Qualquer médico, seja  cubano, mexicano, espanhol ou português, que queira trabalhar no Brasil tem de passar por provas  que atestem sua qualificação.

Insistir nessa política desastrosa será o mesmo que assumir que haverá no Brasil dois tipos de médicos: aqueles devidamente qualificados e registrados que tratarão da parcela de brasileiros que podem pagar  e exigir, e  os outros que farão a política de saúde destinada à população que não merece tanto zelo.

As entidades de classe médica estão preocupadas, sobretudo com a qualidade dos médicos. 

O Governo, com a quantidade. Afinal, para um cidadão de segunda classe, qualidade seria luxo.



 Revisão e formatação: Ophicina de Arte e Prosa


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Posted by Jair Raso 0 comentários »