Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

Alameda da Serra 400 / 404 - Nova Lima - MG (31)3264-9590 • (31) 3264-9387 jrasomd@yahoo.com.br

Neuralgia do Trigêmeo e Espasmo facial

Micro descompressão neurovascular (Neuralgia do Trigêmeo e Espasmo Facial)


A causa mais comum de Neuralgia do trigêmeo é a compressão de uma alça arterial, geralmente a artéria cerebelar superior, no ponto de entrada do nervo trigêmeo no tronco encefálico.

O tratamento com medicação geralmente é eficaz. Para os casos refratários, há três procedimentos cirúrgicos: Coagulação do nervo trigêmeo por radiofreqüência, Compressão do nervo trigêmeo por balão e micro descompressão neurovascular.

Neste último procedimento, com auxílio do microscópio cirúrgico, o ponto de entrada do nervo no tronco encefálico é exposto e a alça arterial responsável pela compressão é afastada do nervo. Utilizamos um material especial (PTFE) para manter o afastamento.

Da mesma forma, o espasmo facial é provocado pela compressão do nervo facial pela artéria vertebral ou a artéria cerebelar anterior inferior. Não há tratamento medicamentoso. Pode ser aplicada toxina botulínica nos músculos da face, que por algum tempo deixam de sofrer os espasmos involuntários. A micro descompressão neurovascular é o tratamento indicado para casos acentuados e é realizada da mesma foram que a descompressão do nervo trigêmeo. 


1-cirurgia de descompressao do facial- exposicao

2- arteria comprimindo nervo facial

3- Material (PTFE) separando a arteria do nervo

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Medicina: Evidência ou Indiferença?

Segundo Le Breton, “a palavra do especialista é evangelho para os leigos”. Daí a importância da opinião médica que faz diagnóstico, pede exames e prescreve tratamentos.
Em que se baseiam os médicos para realizar seu trabalho? Hoje, mais do que em qualquer outra época, a Medicina requer para si o status de ciência, e o estado atual desta arte científica chama-se Medicina baseada em evidência.
Desde sua proposição, em 1992 no prestigioso periódico Journal of American Medical Association (JAMA), a medicina baseada em evidência (MBE) tem se tornado verdadeiro mantra, falado e repetido a quatro cantos pelos profissionais de saúde.
A MBE procurar evitar a intuição e a experiência clínica sem sistematização e tem como pilar sólido as evidências das pesquisas clínicas. Os ensaios clínicos randomizados são a vedete da MBE.
A prática desta nova Medicina exige que o médico não apenas pesquise a literatura especializada, mas que tenha capacidade para analisar, de modo crítico, as publicações.
A simples opinião médica, antes evangelho para os leigos, é considerada pela MBE o grau mais rasteiro de evidência. No topo da pirâmide, está a análise sistemática dos ensaios randomizados.

Mas a MBE tem limitações. Para início de conversa, a maioria dos ensaios clínicos randomizados são realizados na América e na Europa ocidental. Seus achados e conclusões podem ser estendidos para o mundo em desenvolvimento?
Para responder a essa pergunta, basta citar algumas características da experiência clínica em países menos desenvolvidos: Geralmente as doenças têm apresentação tardia, pela dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde, com consequente diagnóstico tardio; a prática da automedicação é avassaladora; o encaminhamento para serviços de referência é difícil; o controle de infecção é menor, se comparado aos centros desenvolvidos; o seguimento dos pacientes é precário; o paciente tem dificuldade de manter o tratamento proposto, muitas vezes, por limitações econômicas.
Nenhuma dessas características é levada em conta em nenhum dos ensaios clínicos randomizados. Assim, o mantra da MBE pode até ser falado e repetido pelos médicos de países em desenvolvimentos, mas sua aplicação prática é bem mais limitada.
Em nosso meio, os médicos, de um modo geral, gastam a maior parte de seu tempo em atividade, devido à baixa remuneração dos serviços prestados, o que exige elevada carga horária de trabalho.  Dedicam menos horas ao estudo e à atualização, que tem de caber dentro de seu orçamento.
Mais do que isso, a implementação da MBE na maioria das instituições em que trabalham assim como sua aceitação pelas operadoras de plano de saúde, são difíceis, e a incorporação de novas tecnologias é muito lenta ou simplesmente inviável.
Assim, mesmo que tenha conhecimentos suficientes para a prática da Medicina baseada em evidência, as condições de trabalho do médico em país em desenvolvimento o levam à prática da medicina baseada na indiferença.

Dr. Jair L. Raso

Revisão e formatação
Ophicina de Arte e Prosa - www.ophicinadearteprosa-kopitpoetta.blogspot.com
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Aneurisma Cerebral

Aneurisma cerebral é uma doença nas artérias do cérebro que pode provocar hemorragias (derrame). Quando a hemorragia ocorre ela pode ser fatal em até um terço dos pacientes. Os pacientes que sobrevivem à hemorragia geralmente são tratados com cirurgia ou embolização com coil (molas). Embora a embolização seja uma modalidade corrente no tratamento dos aneurismas, disponível em nosso serviço, a cirurgia ainda tem um papel fundamental no tratamento dos aneurismas cerebrais. 

A cirurgia dos aneurismas geralmente é realizada nos primeiros dias após o sangramento, ou tardiamente, após o décimo ou décimo quarto dia. Isso porque, nesse período intermediário, o paciente corre o risco de desenvolver vasospasmo, que é um estreitamento dos vasos nas áreas onde ocorreram o sangramento. O Vasospasmo pode provocar paralisias e requer um tratamento especializado em CTI. Para avaliar a ocorrência de vasospasmo utilizamos, dentre outros recursos, o exame do fluxo nas artérias pelo Doppler transcraniano.

A equipe multidisclinar composta por cirurgião, cirurgião endovascular e intensivista é necessária para a correta avaliação de cada caso e indicação da melhor modalidade de tratamento e do momento ideal para realizá-lo. 

Caso Ilustrativo:



1-aneurisma 

2-exposicao do aneurisma com microscopio cirurgico

3-colocacao de clipe no aneurisma

4- clipe excluindo o aneurisma

5- clipe  excluindo aneurisma 

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Esse é um sumário escrito pelo Dr. Jair Raso, com exemplos de casos para ajudar pacientes e familiares entender vários tipos de distúrbios neurológicos que podem ser tratados no Biocor Instituto  pelo Dr. Jair e sua equipe. Nunca é demais ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, por uma equipe multidisciplinar, para que a modalidade de tratamento mais adequada seja escolhida. 
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Cirurgia de Bypass / Revascularização Cerebral

Técnicas cirúrgicas refinadas permitem hoje ao neurocirurgião reestabelecer a circulação cerebral em casos de isquemia ou de fazer pontes (by-pass) utilizando enxerto de safena ou enxerto arterial substituindo grandes artérias cerebrais. Essa técnica pode ser utilizada  para o tratamento de aneurismas gigantes complexos e para casos em que o tratamento cirúrgico possa implicar sacrifício de uma grande artéria cerebral.
Há dois tipos de by-pass: o chamado de alto fluxo e o de baixo fluxo.

• By-Pass de alto fluxo
O By pass de alto fluxo é utilizado quando é necessário o sacrifício de uma grande artéria cerebral, substituindo o vaso sacrificado, evitando-assim um derrame por falta de circulação cerebral.

No exemplo abaixo, a artéria carótida direita foi sacrificada para tratamento de um aneurisma gigante. Um enxerto de safena foi utilizado para fazer a ponte (By-pass)

Aneurisma gigante da artéria carótida

Enxerto de veia safena suturado em uma artéria intracerebral

Controle por angiografia per operatória, mostrando a ponte funcionante    


• By pass de baixo fluxo

Para casos selecionados de isquemia cerebral, quando a irrigação cerebral está comprometida, pode ser indicado a utilização de by-pass de baixo fluxo. Esses são feitos com artérias que irrigam o couro cabeludo, que são desviadas e suturadas em artérias intracerebrais. Essas suturas são feitas com fios muito finos, da espessura de um fio de cabelo e podem evitar que o paciente sofra um derrame
Essa mesma técnica pode ser utilizada em casos de pacientes que sofrem de doença de Moya-Moya ou também em casos de drepanocitose (anemia falciforme).


Artéria temporal superficial suturada em ramo de artéria cerebral média


Angiografia pós operatória mostrando o by pass de baixo fluxo funcionante

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Esse é um sumário escrito pelo Dr. Jair Raso, com exemplos de casos para ajudar pacientes e familiares entender vários tipos de distúrbios neurológicos que podem ser tratados no Biocor Instituto  pelo Dr. Jair e sua equipe. Nunca é demais ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, por uma equipe multidisciplinar, para que a modalidade de tratamento mais adequada seja escolhida. 

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